Desenvolvimento Humano

10 de outubro, 2018

EMPATIA – ” SE POR NO LUGAR DO OUTRO É UM ATO DE AFETO “

Foi assim que eu ouvi essa frase. Para mim, uma linda melodia.

Ah, de quem ouvi? Lenine, claro, um dos melhores compositores, contemporâneos, da Música Popular Brasileira. Ele estava participando do programa Metrópolis, da TV Cultura.

Pois é, ele foi além do conceito para descrever empatia.

Considero aqui, a definição de Roman Krznaric – Livro “ O Poder da Empatia” – “…empatia é a arte de se colocar no lugar do outro por meio da imaginação, compreendendo seus sentimentos e perspectivas e usando essa compreensão para guiar as próprias ações.”

Sinto que agora, há um sentido de completude. Não é só colocar-se no lugar do outro e compreender tudo. Pelo afeto, a outra pessoa pode sentir-se abraçada e respeitada.

Esse dispor-se, então, revela-se como verdadeiro para o outro e ele confia. É um processo de ajuda e apoio, que só funciona, quando entendemos que o sentimento é daquela pessoa e não o nosso.

Empatia, dessa forma, é para ser utilizada em todas as relações entre as pessoas, pois irá demonstrar um interesse verdadeiro por elas.

Nesse momento que estamos vivendo, de compartilhamento e de integração, mais e mais se torna necessário, o desenvolvimento dessa competência, que foi classificada em 5º lugar, dentre as dez principais, em um estudo do Fórum Econômico Mundial, em 2017.

Considerando minha experiência como Coach e meu trabalho com desenvolvimento de pessoas há 40 anos, posso dizer que a primeira coisa que eu fiz, para desenvolver minha empatia, foi fazer terapia. Claro, para me conhecer melhor e reconhecer meus erros, acertos e minha visão de mundo, que é diferente da visão das outras pessoas.

Após essa tomada de consciência sobre mim mesmo é que pude compreender a minha relação comigo mesmo, com os outros e seus impactos sobre mim e sobre os outros.

Dessa forma considero que é extremamente importante, primeiro, querer entender o outro e para tal teremos que enxergar melhor o outro, sem nenhum preconceito, para poder aceitá-lo como é, com os valores que a ele pertence.

Além disso, temos que nos exercitar para nos aproximar das pessoas, o que é sempre um desafio.

No livro de Roman Krznaric, já mencionado no início dessa crônica, encontrei uma relação do que as pessoas empáticas têm em comum, gostei e as descrevo abaixo, como exemplo de como podemos praticar:

“Hábito 1: Acione seu cérebro empático – Mudar nossas estruturas mentais para reconhecer que a empatia está no cerne da natureza humana e pode ser expandida ao longo de nossas vidas;

Hábito 2: Dê o salto imaginativo – Fazer um esforço consciente para colocar-se no lugar de outras pessoas – inclusive no de nossos “inimigos” – para reconhecer sua humanidade, individualidade e perspectivas;

Hábito 3: Busque aventuras experienciais – Explorar vidas e culturas diferentes das nossas por meio de imersão direta, viagem empática e cooperação social;

Hábito 4: Pratique a arte da conversação – Incentivar a curiosidade por estranhos e a escuta radical e tirar nossas máscaras emocionais;

Hábito 5: Viaje em sua poltrona – Transportarmo-nos para as mentes de outras pessoas com a ajuda da arte, da literatura, do cinema e das redes sociais na internet;

Hábito 6: Inspire uma revolução – Gerar empatia numa escala de massa para promover mudança social e estender nossas habilidades empáticas para abraçar a natureza”.

Aprender sobre as pessoas, respeitá-las e desenvolver a sensibilidade de percepção sobre elas, é o único caminho.

por Fausto Ferreira